Maitê Proença traz ao SARAH texto dramático sobre sua vida e carreira

Maitê Proença apresentou o monólogo autobiográfico “O Pior de Mim” no Teatro SARAH Brasília, na tarde do dia 14 de novembro de 2023, exclusivamente para pacientes, acompanhantes, colaboradores e convidados da Rede SARAH.

Ao longo de uma hora, a atriz e autora declamou um texto de autoria própria, com confissões e reflexões sobre os impactos deixados pelo cruzamento entre sua vida pessoal e profissional. Aos 65 anos, ela discorreu sobre envelhecimento, etarismo, machismo, espiritualidade, autoconhecimento, sexualidade, família, morte, fama, carreira e outros temas, com um intimismo revelador que absorveu a atenção da plateia lotada.

Ao final da apresentação, Maitê, com a voz embargada e visivelmente comovida, agradeceu à comunidade SARAH pela oportunidade.

“Muito obrigada a vocês por terem me convidado. Vir até aqui e poder oferecer isso que escrevi e que tenho apresentado pelo Brasil pra todos vocês”, disse ela. “Esse projeto lindo, que é associar a cultura à cura, porque a gente sabe que não é só o corpo sozinho: tem tudo o que acontece lá dentro e esse alimento traz saúde. É isso que eu espero ter podido trazer.”

A peça teve um significado especial para as pacientes Laura Caroline Muller e Adriana Ferrante Latchuk, ambas em tratamento de reabilitação para paralisia cerebral no SARAH Brasília.

“O fato de ela verbalizar e fazer o link com a questão da saúde mental e da questão emocional, eu acho muito importante”, disse Laura, psicóloga e assistente de serviço de atendimento ao consumidor, de Americana, São Paulo.

Laura conta que se identificou com o relato de cobranças profissionais e pessoais vividas pela atriz. “Como pessoa com deficiência, muitas vezes a gente tem que provar, o tempo inteiro, que é capaz de atingir os objetivos. É claro que tem as limitações. Não dá para dizer que a paralisia cerebral não impacta a vida pessoal, mas buscar os objetivos faz toda a diferença”, disse.

Para Adriana, o relato autobiográfico da atriz também provocou uma reflexão sobre sua própria história. “Muita coisa que ela viveu na infância fez formar a personalidade dela como adulta. Muita coisa que eu vivi reflete também hoje na minha personalidade, sejam as coisas boas ou as ruins”, disse Adriana, tecnóloga em gestão ambiental de Santa Terezinha de Itaipu, Paraná.

Laura e Adriana contaram que, além de uma experiência artística que as fez pensar sobre suas próprias vidas, o espetáculo foi uma oportunidade de se conhecerem e de compartilharem experiências uma com a outra.

“A gente sente falta dessa questão de representatividade”, disse Laura. “Ter paralisia cerebral e ter alguém com a mesma deficiência, embora com questões diferentes, eu acho que ajuda muito, tanto a identificar algumas questões nossas quanto como a gente pode ajudar uma à outra.”

Adriana deu seu relato muito eloquente sobre o desafio de conviver com a paralisia cerebral. “Quando seu cognitivo é bom, mas seu motor não acompanha, parece que é mais difícil ainda, porque você sabe que você sabe, mas você tem que provar pra todo mundo que você sabe”, disse ela. “O meu corpo não acompanha a minha alma.”

A apresentação de Maitê Proença no Teatro SARAH teve cobertura do jornal Correio Braziliense, com reportagem de Camilla Germano. 

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