Letícia Sabatella e Paulo Braga envolvem o SARAH à voz e piano

Reunindo a interpretação e a música, Letícia Sabatella retorna ao Teatro SARAH, dessa vez em parceria com o pianista Paulo Braga, com o show “Voz e Piano”. Na tarde de 15 de julho, os dois trouxeram ao palco uma homenagem a cantoras de diversas épocas e partes do mundo, trazendo além da música, histórias sobre cada uma, destacando como é importante revivê-las para sempre lembrá-las e aliviar a saudade.

Com um solo de piano, Paulo Braga, introduziu o clima saudoso à apresentação e Sabatella recitou um texto que explora a história de colonização dos portugueses, e lembrou a primeira vila permanente fundada no Brasil, a vila de "São Vicente", e como essa leva o mesmo nome de uma das ilhas de Cabo Verde, de onde vem Cesária Évora, a primeira homenageada da noite com o sucesso “Sodade”.

Letícia destacou como é uma honra estar de volta e que o processo de reabilitação é forte e heroico, tanto por parte de paciente, quanto de todos os profissionais envolvidos, aos quais agradeceu pelo trabalho e empenho.

Prosseguiu com homenagens a Marisa Monte, Amy Winehouse, Cássia Eller, Rita Lee e Marília Mendonça — que com "Eu Sei de Cor", teve até direito a repetição e um dueto à capela com a plateia.

A artista também dividiu com o público a experiência que viveu em seu sítio, com Elza Soares, que conheceu por meio do produtor José Gonzaga Araújo e que junto José Miguel Wisnik enquanto conversavam sobre as lendas que cercam a cigarra, se chove ou faz sol quando essa canta — o que levou à composição da música “A Cigarra”, do disco de Soares, “Do Cóccix até o Pescoço”. Emocionada, Letícia compartilhou que Elza lhe disse que a cigarra canta até morrer, algo que a grande cantora brasileira, que faleceu em 2022, levou para a sua própria vida.

“Nossa sede como artistas é de contato. Quando você vê que isso é possível, é uma emoção absurda, ainda mais por que todos nós em algum momento passamos por um leito de hospital e a gente se sente muito isolado. E quando vemos a iniciativa de um teatro dentro de um centro de reabilitação tão significativo, do SUS, da rede pública, em que as pessoas podem ser cuidadas com esse nível de alento e qualidade, poder oferecer o que tem de mais empático e permitir que as pessoas tenham acesso a algo que normalmente não se pensa nesse mundo tão pragmático, da ordem da arte e o que essa proporciona, é o mais me faz ser artista.” Disse Sabatella à equipe do SARAH após o show.

Depois de um pedido de “bis” da plateia, Letícia e Paulo encerraram com “Sentido do Samba”, música do projeto Caravana Tonteria e, sendo aplaudidos de pé pelo público do Teatro, receberam flores dos pacientes Clarice Hazaoka, 24 anos e Vitor Gabriel de 16 anos. A atriz e cantora fez questão de descer do palco e ir agradecer aos pacientes, acompanhantes e profissionais do SARAH de perto, fechando à tarde com muitas histórias para ser revisitadas, e como o tema de seu show, vai deixar saudade.

A apresentação contou ainda com a cobertura do Correio Braziliense — confira aqui.

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