Acidentes de trânsito
Os Acidentes de Trânsito foram responsáveis por 47,7% do total de internações por Causas Externas na Rede SARAH.
Os acidentes foram classificados em seis categorias de meios/modos de locomoção:
1) Automóvel, Utilitário ou Caminhonete;
2) Caminhão ou Ônibus;
3) Motocicletas;
4) Bicicletas;
5) A pé; e
6) Outros meios/modos.
Caracterização dos pacientes
Os pacientes investigados caracterizaram-se por serem, em sua maioria, jovens e adultos jovens, homens (74,8%), solteiros (65,5%) e residentes em área urbana (75,4%).
O predomínio do sexo masculino entre as vítimas de Acidentes de Trânsito é um traço fortemente característico desse tipo de acidente. Na faixa etária de 20 a 29 anos observou-se a proporção de 4 homens para cada mulher.
Distribuição dos pacientes vítimas de acidentes de trânsito, segundo faixa etária na ocasião do acidente (%)
A maior incidência isolada de casos de lesões decorrentes de Acidentes de Trânsito ocorreu na faixa de 20 a 29 anos, sendo que a maioria dos pacientes investigados acidentou-se entre os 20 e os 39 anos (60,0% dos casos), faixa etária que engloba os jovens e os adultos jovens. A idade que os pacientes possuíam na ocasião da lesão variou de 1 mês de vida a 86 anos, tendo-se registrado a idade média de 29,3 anos (desvio padrão de 12,8 anos).
Distribuição dos pacientes por tipo de resgate (%)
Entre as vítimas de Acidentes de Trânsito admitidos para internação pelos hospitais da Rede SARAH, 76,4% foram resgatados no local do acidente por equipes especializadas. Os resgates não-especializados tiveram como padrão, de acordo com o relato dos pacientes, o socorro por transeuntes ou outras pessoas envolvidas no acidente.
Caracterização dos acidentes
Solicitados a identificar a(s) causa(s) do acidente ocorrido, a maior parte dos entrevistados (73,0%) atribuiu o acidente sofrido a comportamentos e atitudes humanas, isto é, responsabilizou-se majoritariamente o condutor do veículo em que se encontrava o paciente, ou a si mesmo (quando o paciente era condutor ou pedestre), ou ainda o condutor de outro veículo envolvido no acidente. Apenas 17,6% das respostas indicaram algum aspecto da via como causa do acidente, e um número ainda menor (5,0%) citou problemas de deficiência mecânica do veículo (como estouro de pneus, perda de freios etc.).
De acordo com os pacientes, em 75,2% dos acidentes verificados não houve consumo de bebida alcoólica, em qualquer quantidade, por nenhum dos envolvidos. O consumo de álcool antes do acidente foi admitido por 24,8% dos condutores ou pedestres.